quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA DO CHÁ

O chá é uma das bebidas mais divulgadas do mundo. Desde o enigmático Oriente até à velha Europa, passando pelo novo Mundo, o chá conta com séculos de história envolta em lendas e misticismo.
Assim sendo, existem diversas histórias sobre quem terá descoberto o chá, o que torna difícil definir ou compreender quais as suas verdadeiras origens. Uma lenda chinesa conta que o imperador Chen Nung, um homem extremamente atento à higiene, ordenou à 3000 anos a.C. a toda a sua população que passasse a ferver a água antes de ser consumida. Os seus criados executavam fielmente esta ordem, até que, certa vez, caíram folhas de um arbusto situado perto, levadas pelo vento, dentro da água fervente. O imperador achou aquela bebida, criada por acaso, de paladar agradável e estimulante, e mandou introduzi-la por toda a China.
Também a Índia reclama a “paternidade” do chá com uma lenda sua: um santo budista, de nome Bodhi-Dharma, terceiro filho do rei Kosjuwo,  jurou meditar interruptamente durante nove anos. Mas, passados cinco anos, foi atacado por um forte cansaço. Para se manter acordado, mascou folhas de arbusto próximo. Instantaneamente, o santo ficou completamente desperto. E foi desta maneira que começou a história do chá indiano.
Do mesmo modo, os japoneses têm uma lenda sua: Para não adormecer durante a meditação Buddha arrancou pestana a pestana. Estas caíram no chão e dali cresceram arbustos de chá.
Todas estas lendas atribuem ao chá a magnificência e a importância que o mesmo merece para os diferentes povos que o utilizam.
Assim, imagina-se que o chá terá sido descoberto antes da ascensão da Dinastia Tang, dinastia chinesa fundada pelo oficial Sui Li Yuan ao poder, entre os anos 618 e 906. A família imperial que reinava na época pode presenciar a divulgação de uma bebida trazida dos Himalaias por monges budistas, estudantes tibetanos que seguem os ensinamentos de Buddha e, por sua vez, o Budismo.

No continente europeu a introdução do chá é claramente atribuída aos portugueses, em 1560, através das trocas comerciais que mantinham com Macau. E foi a partir destas trocas comerciais que o chá propagou-se pela Europa levado pela Companhia das Índias Orientais.
Introdução do chá na Europa
Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, e como é sabido, ficaram os Portugueses detentores do comércio das especiarias, chegando mesmo a possuírem o tráfego do chá, escoando-o pelo porto de Macau, privilégio que perderiam com a abertura dos entrepostos Ingleses em Hong Kong, Xangai, Ning-Po, Tuchen e Emy
Os Holandeses, por sua vez, não perderam tempo em comerciá-lo no continente Europeu, cambiando, na longínqua China, a planta silvestre que brota espontaneamente por toda a Europa, denominada salva, pelo preciso chá devidamente industrializado, obtendo assim generosos lucros. E, como se não bastasse o tacto comercial revelado pelos Holandeses, mais nos surpreende a técnica publicitária, ingressando em linha de conta com a época, ao pagarem ao médico da mesma nacionalidade, Cornélio Bentekoe, para que no seu livro, Traité sur léxcellente boisson de thé, publicado em 1678, exaltasse as virtudes medicinais do chá.
Assim, esta bebida passaria a ser consumida por quase toda a Europa, criando-se na Inglaterra o costume de beber chá nas chamadas, Tea Parties, patrocinado pela princesa portuguesa, Catarina de Bragança, que casou com Carlos II, rei de Inglaterra, Escócia e da Irlanda que subiu ao trono após a restauração da monarquia em Inglaterra e Escócia. O chá era tão apreciado pela corte que o mesmo tornou-se num bem essencial do dia-a-dia dos ingleses, nomeadamente, no chá das cinco, que proporcionou ao Parlamento (Bill of Rights) impor um imposto aplicado sobre o chá vendido nas tascas e cafés de modo a beneficiar do sucesso do mesmo.
O mesmo se passava em França, onde o consumir-se chá passou a entrar nos hábitos de civilidade, abrindo em Paris, no ano de 1832, duas luxuosas casas de chá.
Com o alargado sucesso do chá, vários países europeus tentaram aclimatar a planta, procedendo a várias experiências, cabendo aos Suecos a honra de serem os primeiros a fazerem vegetar a planta no jardim botânico de Uppsala, a quarta maior cidade sueca, famosa por ser uma cidade universitária, que conta com a mais velha universidade da Escandinávia. Seguindo depois a Inglaterra e a França o mesmo processo de vegetação do chá mas com fins improdutivos.
Tal foi o sucesso do chá que, mesmo não havendo em certos países um desenvolvimento vegetativo para aclimatar a planta, o mesmo não aconteceu com o seu uso, que, até aos dias de hoje se manteve, tendo-se inclusive alargado o seu público-alvo.
A introdução do chá no resto do mundo
Segundo as leis do Médio Oriente presentes nos 114 capítulos do Alcorão, livro sagrado do Islamismo, a implementação do chá foi relativamente fácil na Ásia, pois os discípulos do Alcorão são compelidos a recusar o uso de bebidas alcoólicas.
Sabendo que o chá é caracterizado como uma das bebidas mais puras e saudáveis existentes, o uso desta foi de incomum e exótico para um costume que ainda hoje se mantém na maioria dos países Árabes.
O chá é tradicionalmente usado nos seus países de origem como uma bebida benéfica à saúde em vários aspectos. Recentemente, cientistas têm se dedicado aos estudos dos efeitos do chá sobre o organismo, bem como a conhecer melhor as substâncias que promovem esses efeitos. Todos os tipos de chá possuem praticamente as mesmas substâncias, porém em concentrações muito diferentes devido aos processos de preparação.
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2 comentários:

  1. Muito interessante esta matéria sobre o chá, não sabia das origens, já estou te seguindo, convido gentilmente para conhecer meu blog, tenha um bom dia.

    http://www.seiquedeusexiste.blogspot.com/

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    1. Grata Patricia, estarei visitando seu blog tambem.
      Um grande dia para voce.
      Grata

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